Red Hot Chilli Peppers foi uma das primeiras bandas de rock que eu gostei por conta própria, quando eu tinha uns 12 anos, e sempre me senti na obrigação de passar pra frente esse legado, "contagiando" meu irmão, meus primos e todo mundo que eu conseguia.
Embora eu gostasse dos outros guitarristas, especialmente o Dave Navarro (por razões óbvias, eu também sou Navarro e ele é lindo de viver), eu sempre achei que o Frusciante completava de maneira marcante o que faltava na banda, pois trazia a guitarra de maneira secundária (perdendo espaço para o baixo absurdo do Flea), mas sem passar despercebida.
Há uma semana, eu comecei a ouvir rumores de que ele havia largado a banda novamente. Embora eu quisesse que fosse mentira, ontem veio a confirmação, através de um post em seu blog:
(...) Há alguns anos atrás, eu comecei a sentir a mesma empolgação novamente, mas dessa vez era em fazer um tipo diferente de música, sozinho (...).
Eu realmente amo a banda e o que nós fizemos. Eu entendo e valorizo que o meu trabalho com eles significa muito para muita gente, mas eu tenho que seguir meus interesses. (...) Não há escolha envolvida nessa decisão. Eu simplesmente tenho que ser o que eu sou, e tenho que fazer o que eu tenho que fazer.
Não duvido do futuro do RHCP. Embora eu não goste tanto dos dois últimos álbuns, eu sei do potencial de todos eles, e espero que a substituição seja feita com sabedoria. Por mim, o Dave Navarro voltava, mas acho pouco provável.
Quanto ao Frusciante, me consola saber que ele continua fazendo carreira solo e brilhando, como excelente guitarrista e compositor que é. E pra homenagear fica aí uma das minhas músicas preferidas.
John Frusciante - The Will To Death
Quem quiser ler a declaração dele na íntegra (em inglês), clica aqui.
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