Do Começo Ao Fim merece um pouco de crédito. Pela coragem de abordar temas complicadíssimos (a homossexualidade e o incesto) numa indústria cultural delicada e preconceituosa como a brasileira. Merece também uma salva de palmas por ter conseguido fazer uma campanha de divulgação excelente e conseguir se inserir não só no circuito independente, mas também no convencional e encher as salas de cinema (pelo menos nas primeiras exibições). Ponto. Os elogios param por aí.
O filme se propõe a contar a história “polêmica” de dois meio irmãos que se apaixonam e vivem um tórrido romance. Até aí, beleza. Aliás, beleza o caralho. Irmãos? Se apaixonam? Gays? Se a história fosse com um casal hétero, o buraco já seria mais embaixo. Como é gay, complica ainda mais. Simplesmente porque o mundo homossexual lida com inúmeras pressões o tempo todo. Ser gay e ser aceito, não é uma coisa “normal”, “fácil” e “tranquila”. A impressão que Do Começo Ao Fim passa é que é muito fácil pra sociedade em geral aceitar e conviver com um casal homossexual (formado por oi? dois irmãos). A história não tem nenhum, veja bem, NENHUM ponto de conflito. Em nenhum momento os dois são questionados sobre suas sexualidades, sobre o relacionamento entre eles, sobre nada. Todo mundo aceita, passivamente (opa), a relação dos irmãos. Inclusive eles.
O filme se propõe a contar a história “polêmica” de dois meio irmãos que se apaixonam e vivem um tórrido romance. Até aí, beleza. Aliás, beleza o caralho. Irmãos? Se apaixonam? Gays? Se a história fosse com um casal hétero, o buraco já seria mais embaixo. Como é gay, complica ainda mais. Simplesmente porque o mundo homossexual lida com inúmeras pressões o tempo todo. Ser gay e ser aceito, não é uma coisa “normal”, “fácil” e “tranquila”. A impressão que Do Começo Ao Fim passa é que é muito fácil pra sociedade em geral aceitar e conviver com um casal homossexual (formado por oi? dois irmãos). A história não tem nenhum, veja bem, NENHUM ponto de conflito. Em nenhum momento os dois são questionados sobre suas sexualidades, sobre o relacionamento entre eles, sobre nada. Todo mundo aceita, passivamente (opa), a relação dos irmãos. Inclusive eles.
As pessoas que começam a questionar isso (a mãe e o pai do filho mais velho), mas que “esperam o momento certo para falar sobre um assunto tão delicado e pessoal”, morrem logo no começo da trama. O pai do filho mais novo, ao invés de repreender as crianças por maus comportamentos (não necessariamente ligados a sexualidade), apenas os deixa viver. E após a morte da esposa, deixa os dois sozinhos em casa, para morarem juntos, porque “já estava na hora de os dois ficarem a sós”.
Tá, podem dizer que as pessoas aceitam mais facilmente porque são só meio irmãos, mas não aceito a desculpa. É tudo muito lindo, muito fácil e muito comercial de margarina. O roteiro é completamente inconsistente e não chega a lugar nenhum, não toca no ponto principal (pelo menos o que foi anunciado), que é o tal incesto, e a platéia fica lá, a ver navios. Ou melhor, a ver pintinhos. Não dá pra negar que os dois atores são muito bonitos, malhados, depilados e simpáticos, mas usar e abusar de cenas dos dois pelados me cheirou a apelação e chamariz fácil e fraco pro público gay. Atenção para a vergonha alheia na cena onde os dois “dançam” tango nus. Como bem colocou (ui) o Fernando, do Meio Interessante, “é piroca show gratuito”. Gostei de ver dois homens lindos se pegando em tela grande? Adorei, mas sem contexto, sem conteúdo, prefiro ir ali no X-Tube e assistir um pornô completo, pelo menos é explícito.
Como diria o Chaves: "Teria sido melhor ir ver o filme do Pelé"
Tá, podem dizer que as pessoas aceitam mais facilmente porque são só meio irmãos, mas não aceito a desculpa. É tudo muito lindo, muito fácil e muito comercial de margarina. O roteiro é completamente inconsistente e não chega a lugar nenhum, não toca no ponto principal (pelo menos o que foi anunciado), que é o tal incesto, e a platéia fica lá, a ver navios. Ou melhor, a ver pintinhos. Não dá pra negar que os dois atores são muito bonitos, malhados, depilados e simpáticos, mas usar e abusar de cenas dos dois pelados me cheirou a apelação e chamariz fácil e fraco pro público gay. Atenção para a vergonha alheia na cena onde os dois “dançam” tango nus. Como bem colocou (ui) o Fernando, do Meio Interessante, “é piroca show gratuito”. Gostei de ver dois homens lindos se pegando em tela grande? Adorei, mas sem contexto, sem conteúdo, prefiro ir ali no X-Tube e assistir um pornô completo, pelo menos é explícito.
Como diria o Chaves: "Teria sido melhor ir ver o filme do Pelé"
Isso, isso, isso!
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