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quinta-feira, 25 de junho de 2009

Sessão da tarde. Gay.


De Repente, Califórnia (Shelter, 2009) é bem sessão da tarde. Mesmo. A única diferença é que é um filme sobre um casal gay. Tem lá todos os clichês: o melhor amigo, a ex-namorada, a fossa por causa da ex-namorada, os problemas que a minha toda família tem, uma criança fofa e a nova paixão conflitante. Só que essa nova paixão é o irmão mais velho do melhor amigo.


Ok. Lindo filme, final feliz coisa e tal. Skate, surf, grafitte. Tudo bem moderno. Edição bacanuda, fotografia bonitinha, elenco só com gente bonita (e põe bonita nisso). Sentimental sem ser bobalóide, gay sem ser fresco, direto sem ser explícito. Gostei MUITO. Até chorei, numa parte onde se discute a importância de se manter uma família unida e quando o mocinho lá abre mão de viver de arte porque, oi, viver de arte sendo pobre não dá.


Meu único senão com relação a esse filme é um dos meus únicos senões para a maioria esmagadora dos filmes de temática gay: a tal da "descoberta da homossexualidade". Não sei se é porque eu não passei por isso, de um belo dia acordar, olhar pro lado e pensar "será que eu sou?", mas eu não gosto de ter de ver toda vez esse sentimento retratado. Não que não exista, mais que óbvio que existe, mas não acho que é generalizado assim. Raramente os filmes de amorzinho ou de comediazinha gay tem os protagonistas assumidos desde sempre. Quando os personagens já são assumidos desde o começo da trama, as histórias tem uma tendência gigantesca a cair pro pseudo-cult com fotografia espetacular, drama pra caramba e alguém vai morrer no final. Ou então é putaria e promiscuidade.



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2 comentários:

Thiago Muniz. disse...

não sei pq, mas meio que discordo dessa colocação sobre a descoberta. Acredito que em filmes, retrata-se mais que a novidade de gostar de meninos, mas a angustia de se aceitar gostando de meninos. e isso todos nós vivemos. seja assumido desde sempre ou ao amanhecer.

enfim, não vi o filme, mas quero ver.
e achei ótimo a temática ser gay, sem ser bichinha...

Brieri disse...

Thiago, concordo contigo. - retrata mais que a novidade de gostar...
E concordo com o post, se não é esse tema podemos ter: drama drama drama, morte, suicidio e putaria - mas por putaria por putaria, tem filmes melhores...

Em suma, precisam elaborar roteiros melhores para filmes do genero...

Nota: Adoro Shelter!

 
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