A última edição da Marvel Especial (Panini Comics, R$ 15,90) junta três coisas que eu adoro no mundo dos quadrinhos. Primeiro, os Fugitivos, que na minha opinião é a melhor coisa que a Marvel fez nos últimos tempos; segundo, o texto do Terry Moore e terceiro, os desenhos do Humberto Ramos.
Os Fugitivos são um grupo de adolescentes poderosos, todos filhos de supervilões que, após descobrir o que os pais são, os matam e se tornam um grupo de heróis renegados e fujões. A diferença dOs Fugitivos para todos os outros grupos adolescentes por aí é a abordagem de temas sempre complexos, mas comuns à adolescência de qualquer um, como homossexualidade, drogas e videogame. Fora o fato de os personagens carregarem nas costas o peso da morte dos pais. Em sua jornada, os jovens já cruzaram com gente do calibre do Capitão América (que os levou para um orfanato), Justiceiro (que levou um soco da pequena Molly e ficou tremendo durante dias), Homem Aranha e até mesmo Wolverine (que também levou um pau da Molly).
Terry Moore é o autor da maravilhosa série Estranhos no Paraíso, que encantou nerds apaixonados e indies desde a década de 90, até ser cancelada, em 2007.
Humberto Ramos é um dos meus desenhistas preferidos. Nos anos 90, o mexicano foi um dos primeiros a trabalhar com uma estética muito próxima da do mangá e inserir elementos japoneses nos quadrinhos americanos. Ao lado de Roger Cruz e Joe Madureira, entre outros, revolucionou a indústria dos quadrinhos.
A junção do texto tenso do Moore com os desenhos leves e quase deformados do Ramos parece, a príncipio, desconexa, mas faz todo sentido para os Fugitivos justamente por representar aspectos cruciais dos personagens.
Maravilhoso.
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segunda-feira, 29 de junho de 2009
Fugitivos por Terry Moore e Humberto Ramos
Marcadores: Fugitivos, Humberto Ramos, Marvel, Quadrinhos, Terry Moore
Postado por @laranjudo às 13:22
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