;

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

O camelo está só

Marcelo Camelo disse, numa entrevista recente, que ainda não sabia se as pessoas haviam gostado ou não de seu primeiro disco solo. Disse que a resposta da platéia é sempre a melhor possível e que, sempre ao final das apresentações, muitas pessoas vão até ele emocionadas. A crítica não foi tão generosa com o músico e grande parte dela "desceu a lenha" no primeiro trabalho de Camelo fora do Los Hermanos. Disseram que era fraco, foi colocado até como quase um dos mais fracos do ano, criticaram as participações especiais e até disseram que era meio que a mesma coisa que ele fazia no LH.

Particularmente, nunca fui um grande fã do LH, embora os ache uma banda do caralho, com letras e melodias sempre certas, redondinhas e, ui, tocantes. Acho que eles são uma das melhores bandas que o Brasil já teve (nosso Radiohead? opa, polêmica à vista), e claro, muito disso é mérito do Camelo. Mas conheço o suficiente pra dizer que achei "Sou" bem diferente de LH, embora em alguns momentos algumas coisas me remetam a banda ("Mais Tarde", por exemplo), mas não acho que isso seja um defeito, visto que as duas "obras" são do mesmo autor.
"Sou" com certeza entrará para as listas de "melhores de 2008" (pelo menos para a minha), e Marcelo Camelo já está na lista de "melhores letristas de sempre" (pelo menos na minha, também). Em disco, ele já provou que sabe se virar sozinho, sem o apoio da "cozinha" do LH.

Resta saber se, no palco, ele consegue segurar a onda sem a presença marcante de seus companheiros de banda (Camelo se apresenta com a banda Hurtmold na turnê de seu disco solo). E isso Belo Horizonte comprovará hoje, em apresentação única no Palácio das Artes (chi-quér-ri-mo, by da way).

Related Posts with Thumbnails

0 comentários:

 
^