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quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Perfumes, lingeries, coisa e tal.


Eu sempre li nesses sites de comportamento que o dia em que você sai com aquela sua calcinha velha, furada, super confortável mas que já passou da hora, é exatamente o dia em que você vai trepar. Eu nunca passei por essa situação, mas como Murphy é um cara que gosta muito de mim, eu nem arrisco: procuro sempre combinar e usar coisas bonitas, mesmo com a certeza de que ninguém vai ver.


Acontece que num dia desses minha auto estima tinha ido comprar cigarros e me largou aqui. Pra tentar compensar, eu peguei meu conjunto de lingerie que eu mais gostava, combinei com um vestido bonito + muita maquiagem e fui pra rua dançar, pra ver se eu conseguia me sentir melhor. Por um milagre, deu super certo: vários olhares, um ex-namorado com cara de tacho e, no meio de muita gente, um menino bonito com quem eu já vinha flertando há algum tempo.

Muita música, muita luz, muita informação, a consequência era clara. Logo constatei que além de bonito e conversável, o menino tinha pegada. Quando eu achei que não podia melhorar, ele acertou o meu perfume, dizendo que era o favorito. Como ninguém nunca acerta, por um minuto eu pensei "pronto, vou casar com esse cara".

A noite foi passando, o sono batendo, e eu decidir ir embora. Ele disse que me trazia, e eu aceitei, claro. Embora eu já soubesse o que estava prestes a acontecer, táxi tá caro e meu dinheiro tá escasso.

Não deu outra. Do nada ele se transformou num polvo e começaram a surgir muitas mãos, todas elas querendo ir aonde não tinham sido convidadas. Eu até poderia ter seguido em frente, mas tenho algumas regras sobre sexo casual e ele não se aplicava à elas. Eis que, no meio de insistências e vetadas, ele finalmente viu que não ia rolar e se conformou, mas me pediu um presente. O meu sutiã.

Na mesma hora constatei que ele não era muito bom dos neurônios, porque né? Mas poxa, ele tinha tantas qualidades, e acima de tudo acertou o meu perfume, merecia um prêmio de consolação, já que o troféu que ele tava interessado não ia rolar. Então eu tirei o sutiã através daquela técnica ninja em que a blusa não precisa sair do lugar e entreguei pra ele, sem parar pra pensar que eu tava me despedindo do meu sutiã favorito.

Por um milhão de fatores, eu nunca mais vi o menino do sutiã. Não sei se ele pediu pra usar e ver como era a sensação, se guardou na gaveta ou se queimou numa revolução feminista. Só sei que de tudo isso eu tirei uma lição: não saia com a sua lingerie favorita pra se sentir mais bonita, a não ser que você tenha certeza que vai acabar a noite na cama. Sempre use a segunda melhor. Nunca se sabe quando aquele cara bonito vai acertar seu perfume.

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1 comentários:

@laranjudo disse...

ghata, a vida n~çao é facil pra ninguem. bom, primeiro: comigo, é fato. saiu com a cueca velah e furada = sexo. sempre. agora, se saio linda, volto pra casa com as mãos abanando (entenda o abanando).

e sim, murphy tá sempre aí conosco.

 
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